Em 1890, as terras do Ibirapuera eram consideradas devolutas. No ano de 1916, com o Decreto Estadual n° 2.669, os terrenos que faziam parte do antigo rossio da cidade, conhecido também como Várzea de Santo Amaro ou Várzea do Ibirapuera, passaram a compor o perímetro municipal. Antes da primeira menção de construção do parque, o Prefeito Washington Luís propôs a divisão em lotes de um área de 993.630 m² na Várzea do Ibirapuera, no intuito de desenvolver os arredores. O loteamento de 1918 dá origem, hoje, ao Bairro Jardim Lusitana. Em 1926, assume a Prefeitura de São Paulo, José Pires do Rio e junto com ele a intenção em construir um parque em "pleno coração da cidade". Em seu relatório anual, descreve com entusiasmo a localização estratégica do novo parque e a sua importância quanto a higiene da população urbana. "Situados na planície que começa no sopé da collina da avenida Paulista, e fica entre o fim da rua Brigadeiro Luiz Antônio, a Estrada de Santo Amaro, o corrego Uberaba, a cuja a margem esquerda fica Indianópolis, limitados pela Vila Clementino e Vila Mariana, esses terrenos da Invernada dos Bombeiros e da Chácara Ibirapuera se prestam, admiravelmente, a cosntrucção de um immenso jardim ou parque, com área igual a do Hyde Park de Londres, igual a metade do Bois de Boulogne, de Paris." Durante todo seu mandato de Prefeito, Pires do Rio desempenhou-se na aquisição de terras e na construção do parque. Sendo as principais atividades destinadas ao viveiro de plantas municipal, transferido para a área em 1928. Em 1929 é identificada a primeira proposta urbanística para o Parque Municipal sito na Várzea do Ibirapuera, de autoria do arquiteto-paisagista Reinaldo Dierberger, que buscou a perfeição estética e artística que um parque popular poderia oferecer, propondo extensos gramados e jardins, articulados por caminhos, criando variadas perspectivas, além de propor edifícios destinados ao lazer e esporte. Ainda no mandado de Pires do Rio foi organizado e publicado pelo mesmo o Estudo de um Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo, idealizado pelo então engenheiro da Secretaria de Viação e Obras Públicas, Francisco Prestes Maia. O plano ressalta diretrizes para o Parque do Ibirapuera que deveria ter duas seções, separadas pelas construções e arruamentos do loteamento lançado em 1918. Mas é com o Prefeito Goffredo Teixeira da Silva Teles que surge o primeiro projeto para o Parque aprovado pelo Ato n° 378 de 29/07/1932, que previu a substituição do Hipódromo da Moóca para os terrenos do Ibirapuera, aprovado na Lei n° 3.256 de 21 de janeiro de 1929. O Autor deste projeto é o mesmo Reinaldo Dierberger da proposta de 1929. O projeto concentra-se na disposição de atividades de esporte, diversão e cultura, dentro do conjunto de logradouros, bosque, passeios, ruas, caminhos, lagos e avenidas, deixando clara a instalação da hípica. Em 1933, os engenheiros da 7° Seção Técnica da Divisão Obras e Viação do Município providenciaram um novo estudo para o parque que respeitasse as delegações da Repartição de Águas e Esgoto. Com memorial escrito pelo Eng. Marcial Fleury de Oliveira, o novo projeto é aprovado pelo Ato n°459 de 11 de maio de 1934, como revisão do projeto do Parque Ibirapuera. O projeto respeitou as obras já em andamento do parque, considerando as propriedades da Prefeitura destinadas ao parque e propondo um conjunto principal com piscina, cassino, praça circular e jardim de rosas. Em dezembro de 1934, Manuel Lopes de Oliveira Filho, mais conhecido como Manequinho Lopes, encaminhou ao Prefeito Fábio Prado uma solicitação pedindo o terreno em que o viveiro municipal estava desde 1928, relatando sua indignação pela nova transferencia em função da construção do Parque. Os preparativos para a festividade dos 400 anos da cidade de São Paulo começaram a se articular já no ano de 1948, quando foi instituída a Comissão dos Festejos do IV Centenário da Cidade de São Paulo. De 1948 a 1951 vários decretos moldavam a comissão que, diante das diversas responsabilidades, tinha como uma das mais importantes determinar o local dos acontecimentos da festividade. O local das comemorações tinham como possibilidades: Interlagos, Cidade Universitária, Marginal Pinheiros e Parque do Ibirapuera. A escolha da região do parque partiu de Francisco Matarazzo Sobrinho, em 1951, por acreditar que a cidade se desenvolveria para o lado do Ibirapuera. Christiano Stockler das Neves, membro da Sub-Comissão Municipal de Obras e Urbanismo, formada para os festejos do IV Centenário, apresentou uma proposta para o parque composta de "arte, majestade e finesse do jardim francês, com a graça e encanto do jardim italiano e com o pitoresco do jardim inglês". No final de setembro de 1951, o Presidente da Comissão, Francisco Matarazzo decide, com o apoio do Governador do Estado e do Prefeito de São Paulo, contratar os serviços de uma equipe de arquitetos paulistanos, certo do ideal que "São Paulo tem que comemorar o IV Centenário com cimento armado e concreto." Esta equipe, intitulada Equipe de Planejamento, era formada pelos arquitetos Alfredo Giglio (Diretor do Departamento de Arquitetura da Prefeitura Municipal), Carlos Alberto Gomes Cardim Filho (Diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal), Carlos Brasil Lodi, Eduardo Knesse de Mello, Icaro de Castro Mello, Roberto Cerqueira Cesar, Rino Levi e Oswaldo Arthur Bratke. Os estudos destes arquitetos estavam orientados para criar em São Paulo um conjunto urbanístico, arquitetônico, recreativo, paisagístico e esportivo, sendo as obras de cunho definitivo incorporadas ao patrimônio da cidade, vislumbrando um futuro ponto turístico como marco comemorativo do IV Centenário. Dividido em três etapas: Plano de Conjunto; Projeto das Unidades; e Execução das Obras, apenas a primeira etapa foi realizada pela Equipe. Em 1945, com o Plano de Melhoramentos para a cidade de São Paulo, Prestes Maia demonstra sua insatisfação com a não construção do Parque do Ibirapuera. O Plano de Urbanização da Prefeitura Municipal, em 1948, apresenta um novo projeto para o Parque do Ibirapuera, ainda com resquícios das propostas urbanas anteriores, respeitando a área pertencente ao Viveiro Manequinho Lopes, as obras de abertura de ruas já realizadas e as terras de posse da Prefeitura. O projeto foi intitulado de "Melhoramentos do Parque". No final de setembro de 1951, o Presidente da Comissão, Francisco Matarazzo decide, com o apoio do Governador do Estado e do Prefeito de São Paulo, contratar os serviços de uma equipe de arquitetos paulistanos, certo do ideal que "São Paulo tem que comemorar o IV Centenário com cimento armado e concreto." Esta equipe, intitulada Equipe de Planejamento, era formada pelos arquitetos Alfredo Giglio (Diretor do Departamento de Arquitetura da Prefeitura Municipal), Carlos Alberto Gomes Cardim Filho (Diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal), Carlos Brasil Lodi, Eduardo Knesse de Mello, Icaro de Castro Mello, Roberto Cerqueira Cesar, Rino Levi e Oswaldo Arthur Bratke. Os estudos destes arquitetos estavam orientados para criar em São Paulo um conjunto urbanístico, arquitetônico, recreativo, paisagístico e esportivo, sendo as obras de cunho definitivo incorporadas ao patrimônio da cidade, vislumbrando um futuro ponto turístico como marco comemorativo do IV Centenário. Dividido em três etapas: Plano de Conjunto; Projeto das Unidades; e Execução das Obras, apenas a primeira etapa foi realizada pela Equipe. Desvinculada a atuação da Equipe de Planejamento, o Francisco Matarazzo convida o arquiteto Oscar Niemeyer a elaborar o projeto do Parque. O arquiteto e sua equipe, composta por Hélio Uchoa Cavalcante, Eduardo Kneese de Mello e Zenon Lotufo e os colaboradores Gaus Estelita e Carlos Lemos, aceitam o convite, iniciando os estudos para a construção do parque no ano de 1952. A primeira proposta apresenta o projeto do Parque e de cada edificação permanente, com técnicas modernas de construção que consolidam "idéias puras e exatas." A demolição de alguns edifícios após as comemorações, incluindo a marquise, inviabilizou este projeto que não fosse aceito pela Comissão, que argumentou desnecessário e onerosa tal atitude. Na revisão do projeto, o arquiteto abandona o partido arquitetônico de todos os Palácios, menos do Palácio da Agricultura. O conjunto arquitetônico de entrada continua o mesmo, apenas o edifício do planetário passa a ser destinado a outro uso, sendo chamado de Pavilhão de Exposição. A proposta do Restaurante é abandonada. A marquise diminui de tamanho e forma, passando a ser uma construção permanente. Mesmo com a revisão a pedido da comissão, o Auditório e a Entrada Principal não foram construídos por faltam de verba. foi este conjunto proposto por Niemeyer e sua equipe, unidos a outros projetos, que formaram em 1954 o Parque do Ibirapuera em comemoração ao IV Centenário da Cidade de São Paulo e que permanece até a atualidade.
O Dicionário de Ruas é uma ferramenta de pesquisa que o Arquivo Histórico Municipal de São Paulo disponibiliza na internet com informações a respeito do nome oficial dos logradouros públicos da capital. No início do desenvolvimento da cidade, a nomeação das ruas era feita de forma espontânea pela própria população local que se utilizava das referências do trajeto, como a igreja, a casa de um antigo morador, um prédio público, entre outras. Com o crescimento populacional urbano, o governo municipal teve que dar atenção a questões ligadas ao ordenamento da cidade, criando normas e regulamentos para a identificação do endereço dos moradores, com o emplacamento das ruas e a numeração das casas. Estas ações produziram documentos de arquivo, deles extraídas informações cadastradas em fichas. A partir de 2003, passaram a ficar disponíveis também no site Dicionário de Ruas.
A Coordenação de Denominação de Logradouros e Próprios Municipais – CDL, do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, tem por atribuições, desde a década de 1930, analisar e emitir pareceres para os órgãos da Administração Pública Municipal sobre denominações ou alterações de denominação de Logradouros e Próprios Municipais de acordo com a legislação vigente e de acordo com os dados oficiais arquivados; propor nomes que possam ser utilizados segundos critérios definidos em lei; manter e aprimorar uma Base de Dados atualizada com informações coletadas a partir de documentos e publicações oficiais, destinada a servir de suporte de informações. Ao longo do tempo, o registro destas atividades gerou um conjunto de dados sobre o ato de denominar logradouros públicos e hoje é a fonte principal das informações disponível no site Dicionário de Ruas.
“Uma das condições básicas para o exercício da cidadania é ter um endereço, regularizado, oficializado e denominado”...
Mais...No dia 4 de maio de 1831, o vereador Cândido Gonçalves Gomide apresenta - pela primeira vez na história da cidade...
Mais...No início do século XX, toda a estrutura do governo municipal já estava montada. No que toca aos logradouros...
Mais...O Acto nº 972, de 24/08/1916, “considera públicas, para todos os effeitos municipaes, todas as ruas, avenidas e praças, com os respectivos nomes”...
Mais...Implantado em 1977, o Banco de Nomes era composto por 25.000 (vinte e cinco mil) sugestões registradas em fichas individuais...
Mais...O Art. 73 da Lei n° 77, de 1893, dizia: “logo que seja publicado ato ou lei, dando denominação a uma via pública, serão colocadas”...
Mais...Envie seu comentário sobre um Logradouro, dúvidas, sugestões ou outras informações que considerar necessárias, através dos canais abaixo.
(11) 3396-6066 / 3396-6072
Praça Coronel Fernando Prestes, 152, Luz, São Paulo, SP
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História das Ruas da Cidade de São Paulo
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Em 1890, as terras do Ibirapuera eram consideradas devolutas. No ano de 1916, com o Decreto Estadual n° 2.669, os terrenos que faziam parte do antigo rossio da cidade, conhecido também como Várzea de Santo Amaro ou Várzea do Ibirapuera, passaram a compor o perímetro municipal. Antes da primeira menção de construção do parque, o Prefeito Washington Luís propôs a divisão em lotes de um área de 993.630 m² na Várzea do Ibirapuera, no intuito de desenvolver os arredores. O loteamento de 1918 dá origem, hoje, ao Bairro Jardim Lusitana. Em 1926, assume a Prefeitura de São Paulo, José Pires do Rio e junto com ele a intenção em construir um parque em "pleno coração da cidade". Em seu relatório anual, descreve com entusiasmo a localização estratégica do novo parque e a sua importância quanto a higiene da população urbana. "Situados na planície que começa no sopé da collina da avenida Paulista, e fica entre o fim da rua Brigadeiro Luiz Antônio, a Estrada de Santo Amaro, o corrego Uberaba, a cuja a margem esquerda fica Indianópolis, limitados pela Vila Clementino e Vila Mariana, esses terrenos da Invernada dos Bombeiros e da Chácara Ibirapuera se prestam, admiravelmente, a cosntrucção de um immenso jardim ou parque, com área igual a do Hyde Park de Londres, igual a metade do Bois de Boulogne, de Paris." Durante todo seu mandato de Prefeito, Pires do Rio desempenhou-se na aquisição de terras e na construção do parque. Sendo as principais atividades destinadas ao viveiro de plantas municipal, transferido para a área em 1928. Em 1929 é identificada a primeira proposta urbanística para o Parque Municipal sito na Várzea do Ibirapuera, de autoria do arquiteto-paisagista Reinaldo Dierberger, que buscou a perfeição estética e artística que um parque popular poderia oferecer, propondo extensos gramados e jardins, articulados por caminhos, criando variadas perspectivas, além de propor edifícios destinados ao lazer e esporte. Ainda no mandado de Pires do Rio foi organizado e publicado pelo mesmo o Estudo de um Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo, idealizado pelo então engenheiro da Secretaria de Viação e Obras Públicas, Francisco Prestes Maia. O plano ressalta diretrizes para o Parque do Ibirapuera que deveria ter duas seções, separadas pelas construções e arruamentos do loteamento lançado em 1918. Mas é com o Prefeito Goffredo Teixeira da Silva Teles que surge o primeiro projeto para o Parque aprovado pelo Ato n° 378 de 29/07/1932, que previu a substituição do Hipódromo da Moóca para os terrenos do Ibirapuera, aprovado na Lei n° 3.256 de 21 de janeiro de 1929. O Autor deste projeto é o mesmo Reinaldo Dierberger da proposta de 1929. O projeto concentra-se na disposição de atividades de esporte, diversão e cultura, dentro do conjunto de logradouros, bosque, passeios, ruas, caminhos, lagos e avenidas, deixando clara a instalação da hípica. Em 1933, os engenheiros da 7° Seção Técnica da Divisão Obras e Viação do Município providenciaram um novo estudo para o parque que respeitasse as delegações da Repartição de Águas e Esgoto. Com memorial escrito pelo Eng. Marcial Fleury de Oliveira, o novo projeto é aprovado pelo Ato n°459 de 11 de maio de 1934, como revisão do projeto do Parque Ibirapuera. O projeto respeitou as obras já em andamento do parque, considerando as propriedades da Prefeitura destinadas ao parque e propondo um conjunto principal com piscina, cassino, praça circular e jardim de rosas. Em dezembro de 1934, Manuel Lopes de Oliveira Filho, mais conhecido como Manequinho Lopes, encaminhou ao Prefeito Fábio Prado uma solicitação pedindo o terreno em que o viveiro municipal estava desde 1928, relatando sua indignação pela nova transferencia em função da construção do Parque. Os preparativos para a festividade dos 400 anos da cidade de São Paulo começaram a se articular já no ano de 1948, quando foi instituída a Comissão dos Festejos do IV Centenário da Cidade de São Paulo. De 1948 a 1951 vários decretos moldavam a comissão que, diante das diversas responsabilidades, tinha como uma das mais importantes determinar o local dos acontecimentos da festividade. O local das comemorações tinham como possibilidades: Interlagos, Cidade Universitária, Marginal Pinheiros e Parque do Ibirapuera. A escolha da região do parque partiu de Francisco Matarazzo Sobrinho, em 1951, por acreditar que a cidade se desenvolveria para o lado do Ibirapuera. Christiano Stockler das Neves, membro da Sub-Comissão Municipal de Obras e Urbanismo, formada para os festejos do IV Centenário, apresentou uma proposta para o parque composta de "arte, majestade e finesse do jardim francês, com a graça e encanto do jardim italiano e com o pitoresco do jardim inglês". No final de setembro de 1951, o Presidente da Comissão, Francisco Matarazzo decide, com o apoio do Governador do Estado e do Prefeito de São Paulo, contratar os serviços de uma equipe de arquitetos paulistanos, certo do ideal que "São Paulo tem que comemorar o IV Centenário com cimento armado e concreto." Esta equipe, intitulada Equipe de Planejamento, era formada pelos arquitetos Alfredo Giglio (Diretor do Departamento de Arquitetura da Prefeitura Municipal), Carlos Alberto Gomes Cardim Filho (Diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal), Carlos Brasil Lodi, Eduardo Knesse de Mello, Icaro de Castro Mello, Roberto Cerqueira Cesar, Rino Levi e Oswaldo Arthur Bratke. Os estudos destes arquitetos estavam orientados para criar em São Paulo um conjunto urbanístico, arquitetônico, recreativo, paisagístico e esportivo, sendo as obras de cunho definitivo incorporadas ao patrimônio da cidade, vislumbrando um futuro ponto turístico como marco comemorativo do IV Centenário. Dividido em três etapas: Plano de Conjunto; Projeto das Unidades; e Execução das Obras, apenas a primeira etapa foi realizada pela Equipe. Em 1945, com o Plano de Melhoramentos para a cidade de São Paulo, Prestes Maia demonstra sua insatisfação com a não construção do Parque do Ibirapuera. O Plano de Urbanização da Prefeitura Municipal, em 1948, apresenta um novo projeto para o Parque do Ibirapuera, ainda com resquícios das propostas urbanas anteriores, respeitando a área pertencente ao Viveiro Manequinho Lopes, as obras de abertura de ruas já realizadas e as terras de posse da Prefeitura. O projeto foi intitulado de "Melhoramentos do Parque". No final de setembro de 1951, o Presidente da Comissão, Francisco Matarazzo decide, com o apoio do Governador do Estado e do Prefeito de São Paulo, contratar os serviços de uma equipe de arquitetos paulistanos, certo do ideal que "São Paulo tem que comemorar o IV Centenário com cimento armado e concreto." Esta equipe, intitulada Equipe de Planejamento, era formada pelos arquitetos Alfredo Giglio (Diretor do Departamento de Arquitetura da Prefeitura Municipal), Carlos Alberto Gomes Cardim Filho (Diretor do Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal), Carlos Brasil Lodi, Eduardo Knesse de Mello, Icaro de Castro Mello, Roberto Cerqueira Cesar, Rino Levi e Oswaldo Arthur Bratke. Os estudos destes arquitetos estavam orientados para criar em São Paulo um conjunto urbanístico, arquitetônico, recreativo, paisagístico e esportivo, sendo as obras de cunho definitivo incorporadas ao patrimônio da cidade, vislumbrando um futuro ponto turístico como marco comemorativo do IV Centenário. Dividido em três etapas: Plano de Conjunto; Projeto das Unidades; e Execução das Obras, apenas a primeira etapa foi realizada pela Equipe. Desvinculada a atuação da Equipe de Planejamento, o Francisco Matarazzo convida o arquiteto Oscar Niemeyer a elaborar o projeto do Parque. O arquiteto e sua equipe, composta por Hélio Uchoa Cavalcante, Eduardo Kneese de Mello e Zenon Lotufo e os colaboradores Gaus Estelita e Carlos Lemos, aceitam o convite, iniciando os estudos para a construção do parque no ano de 1952. A primeira proposta apresenta o projeto do Parque e de cada edificação permanente, com técnicas modernas de construção que consolidam "idéias puras e exatas." A demolição de alguns edifícios após as comemorações, incluindo a marquise, inviabilizou este projeto que não fosse aceito pela Comissão, que argumentou desnecessário e onerosa tal atitude. Na revisão do projeto, o arquiteto abandona o partido arquitetônico de todos os Palácios, menos do Palácio da Agricultura. O conjunto arquitetônico de entrada continua o mesmo, apenas o edifício do planetário passa a ser destinado a outro uso, sendo chamado de Pavilhão de Exposição. A proposta do Restaurante é abandonada. A marquise diminui de tamanho e forma, passando a ser uma construção permanente. Mesmo com a revisão a pedido da comissão, o Auditório e a Entrada Principal não foram construídos por faltam de verba. foi este conjunto proposto por Niemeyer e sua equipe, unidos a outros projetos, que formaram em 1954 o Parque do Ibirapuera em comemoração ao IV Centenário da Cidade de São Paulo e que permanece até a atualidade.